12 de maio de 2011

Nova droga mata ainda mais rápido que o crack

Boa Tarde amigos e amigas,
Mais um discurso que gostaria de compartilher com vocês. Falo de uma nova e devastadora droga que circula em São Paulo e no Brasil: o oxi.

(...)Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados e telespectadores da TV Assembleia, em primeiro lugar, quero cumprimentar os alunos da Escola Estadual Rev. Irineu Monteiro de Pinho, de Itaquera, que estão visitando esta Casa de Leis. Sejam todos bem-vindos. (Palmas.)
No dia de hoje, perante alunos e professores, quero fazer uma reflexão aqui. Há uma nova droga chamada oxi sendo consumida por adolescentes, pessoas jovens. O Oxi vem substituir o craque e outras drogas. É uma droga nova que tem na sua composição cocaína, cal virgem, altamente corrosivo, derivado de petróleo como querosene, óleo diesel, inclusive água de bateria.
Sou médico e fico assustado porque cal virgem é altamente corrosivo. No petróleo, querosene, óleo diesel e na gasolina tem substância chamada BTX - benzeno, tolueno e xileno - altamente cancerígena. Essa droga que está entrando no mercado.
Foi presa na “Cracolândia” uma mulher com mais de mil pedras. Ela pegava duas, três pedrinhas e ia para rua vender. Quando a polícia a abordou, ela disse que é usuária. Na verdade, é uma mula, pessoa que transporta e vende as drogas.
Isso nos faz pensar muito em por que acontece isso. Por que os nossos jovens hoje precisam disso. Aí, lembro do sonho que tenho de termos o programa “Tolerância Zero”. Em qualquer capital das cidades importantes como da Europa, América e do Oriente tem o chamado programa “Tolerância Zero”, que pune os pequenos delitos para não chegar aos grandes delitos.
O meu sonho é que se instale esse programa em São Paulo e em nosso País. Economizaremos recursos fundamentais na área da Saúde e não vamos sobrecarregar o Judiciário, a Polícia e nem os médicos. Vão sobrar recursos para construir escolas, hospitais, habitações e tantas outras coisas que faltam para todos nós.
Quero dizer que o benzeno, o tolueno e o xileno que compõem o oxi, são altamente cancerígenos. Quem experimenta o oxi não consegue mais parar. Ele é o último degrau das drogas. Pensávamos que era o crack porque um dependente dele dificilmente volta a ser uma pessoa normal. Ela vai ser sempre usuária, viciada, até morrer. O oxi é pior porque o crack, pois esse o indivíduo pode experimentar e não voltar a ser usuário. O oxi o indivíduo experimenta e não consegue mais sair. Ele vai morrer.
Nós temos a obrigação de cuidar disso. Como conseguiremos evitar isso? É até um adolescente que bebe junto com o pai. O pai dá um gole de cerveja e, de repente, esse adolescente vai beber com os amigos. Já contei esta história aqui. Estou repetindo porque talvez a gente ganhe a atenção do caso por exaustão. Então, ele bebe com os amigos e vai parar bêbado na guia, na sarjeta, na calçada. Depois, ele vai para as drogas. Acaba indo na “Cracolândia” para adquirir, por exemplo, o crack ou o oxi droga que está aparecendo agora.
Precisamos fazer a prevenção. Se esse pai tivesse procurado antes um terapeuta ou um médico, teria orientado esse garoto e ele não estaria hoje na “Cracolância’.
Termino a minha fala dizendo que tenho esperança como Deputado Estadual, como médico e como cidadão que fazer com que os nossos jovens sejam cidadãos de bem é possível através do esporte, da educação e da orientação dos pais e professores.
Muito obrigado.

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