4 de novembro de 2010

"Estou de volta"

Olá amigas e amigos,

Já faz algum tempo que não consigo falar com vocês!! Por incrível que pareça, depois da campanha a correria só aumentou, daí, fiquei sem ter como postar, mas finalmente estou aqui...

Em primeiro lugar quero agradecer muito, mas muito mesmo aos meus eleitores que me possibilitaram uma vitória com quase 84 mil votos!! QUE ALEGRIA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Obrigado, obrigado mesmo. Quero fazer jus ao seu voto de confiança e farei isto com muito trabalho e dedicação ao mandato.

E por falar em mandato, quero dividir com vocês o artigo do Rui Tavares Maluf, publicado no Jornal da Tarde no dia 26/10/10. Nem eu mesmo sabia que havia “batido” tantos recordes..(rsrsrs). O fato é que se fui eleito vereador de São Paulo por 7 mandatos consecutivos, foi porque vocês sempre confiaram em mim e acreditaram no meu trabalho.

Espero que vocês gostem do artigo:

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A OPINIÃO DE

Rui Tavares Maluf

PROFESSOR DA FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO (FESPSP), DOUTOR (USP) E MESTRE (UNICAMP) EM CIÊNCIA POLÍTICA

Ato histórico de Vereador Paulista

O vereador Jooji Hato (PMDB) finalmente foi eleito para outro mandato popular na eleição de 3 de outubro último, obtendo uma vaga como titular na Assembléia Legislativa de São Paulo com 83.855 votos. Quando tomar posse no primeiro trimestre do próximo ano, ele colocará fim, ainda que involuntariamente, a uma ligação histórica da presente legislatura da Câmara Municipal de São Paulo com todas as que foram eleitas a partir de 15 de novembro de 1982, pois ele é o último vereador eleito titular em sete pleitos desde que eleições livres e competitivas voltaram a ser realizadas.

As câmaras municipais são tidas como o primeiro passo na carreira política do Brasil, um país federativo que dispõe de sete mandatos eletivos diretamente e nominalmente (vereador, prefeito, deputado estadual, governador, deputado federal, senador, presidente da República), embora tal entendimento de há muito já não seja determinante para um político alcançar diretamente mandatos e/ou cargos públicos de nomeação mais cobiçados.

No caso específico da câmara paulistana, a maior do Brasil em número de cadeiras, vários vereadores a deixaram ainda no primeiro mandato e não raras vezes para o mandato de deputado federal. Hato bem que tentou obter outros mandatos durante o exercício da vereança, chegando até a se candidatar a senador, mas sem êxito. Admitindo-se que a câmara da maior cidade da América Latina não seja suficiente para estimular carreiras políticas integralmente dedicadas e exercidas no próprio município, é importante frisar que as sete eleições seguidas de Hato se constituem em caso único na capital paulista, mesmo examinando-se legislaturas anteriores à eleita em 1982, ou seja, no período do regime autoritário.

Para ter uma idéia do significado desse fato, desde 1982 foram eleitos 192 vereadores titulares (sem contar suplentes que foram efetivados ou assumiram interinamente). Nenhum outro permaneceu por tanto tempo, seja por não ter conseguido ser reeleito em uma ou mais eleições para a câmara, seja por ter sido eleito para outro mandato (49 vereadores de 192: 25,5%), e apenas outros 2 estão logo atrás com seis mandatos como titulares eleitos ininterruptamente.

Não faço uma avaliação sobre o mandato de Jooji Hato, ou de qualquer outro parlamentar, mas interpreto que o Parlamento paulistano se caracteriza como uma instituição de passagem para aqueles que desejam desenvolver uma carreira política. Tal passagem só não é mais veloz porque muitos não logram sucesso em seus esforços para obter outros mandatos durante o exercício da vereança.